Dor no Esporte

A dor é considerada o quinto sinal vital. No contexto do esporte a dor tem um papel importante no desempenho do atleta, variando de um alerta a uma limitação real para a reabilitação deste.

A rotina de um atleta de alto rendimento é extremamente desgastante, com treinamentos intensos e a constante busca por melhores resultados, fazendo com que ele geralmente trabalhe no limite do seu corpo. Isto torna o atleta mais suscetível a lesões por sobrecarga. Alguns sintomas como fadiga excessiva ou queda súbita do rendimento podem evidenciar que algo está errado. No entanto, em algumas circunstâncias (imaginem um jogador de futebol às vésperas de uma Copa do Mundo, por exemplo) este limite é ignorado e aí as lesões surgem.

A incidência de lesões no futebol é estimada em 10 a 15 a cada mil horas de prática esportiva. Neste caso, as lesões mais comuns acometem os membros inferiores (cerca de 80%), envolvendo principalmente o joelho, tornozelo e a musculatura da coxa.

Segundo levantamento da FIFA com as seleções no mundial de 2010, na África do Sul, mais de 70% dos jogadores fizeram uso de algum medicamento para dor pelo menos uma vez durante a competição. O problema é que a maior parte destes medicamentos são antiinflamatórios que, além de oferecer riscos à saúde do atleta, principalmente aos rins, podem mascarar lesões parciais, que poderiam ser tratadas com repouso e fortalecimento muscular, evoluindo para lesões mais graves.

O número de jogadores cortados por lesão bateu o recorde no mundial de 2014, chegando ao impressionante número de 57 entre as 32 seleções classificadas. Isto se deve principalmente ao fato de o Mundial coincidir com o final da temporada européia. Estrelas como Ribéry (FRA), Marco Reus (ALE), Van der Vaart (HOL), Montolivo (ITA) e Falcao Garcia (COL) não vieram à Copa no Brasil e outros como Luis Suarez (URU), Cristiano Ronaldo (POR) e Eto’o (CAM) vieram mesmo com lesões, levando a uma constante preocupação às equipes médicas das suas seleções.