Gustavo Haruo Passerotti

Dr Gustavo Haruo Passerotti – Otorrino – Tratamento de ronco e apnéia reduz risco de infarto e derrame.

sonoTratamento de ronco e apnéia reduz risco de infarto e derrame Distúrbios do sono aumentam o risco de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral Fonte: EuroHeartCare 2015.

Aparentemente, o sono ruim é um fator de risco para doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral. Um estudo russo descobriu que a presença de um distúrbio do sono dobra o risco de ataque cardíaco e aumenta em até quatro vezes o risco de acidente vascular cerebral. Esses achados foram apresentados na conferência “EuroHeartCare 2015” da Sociedade Europeia de Cardiologia em Dubrovnik (Croácia).

 
O estudo fazia parte do programa MONICA (Multinational Monitoring of trends and determinants in Cardiovascular disease) sobre monitoramento de tendências e determinantes na doença cardiovascular da Organização Mundial da Saúde (OMS). Pesquisadores da Academia Russa de Ciências Médicas em Novosibirsk analisaram uma amostra representativa de 657 homens (de 25 a 64 anos de idade), sem histórico de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral ou diabetes. A qualidade do sono dos participantes foi avaliada no início do estudo em 1994, e o desenvolvimento da saúde foi observado ao longo dos 14 anos seguintes.

 

O estudo revelou um evidente vínculo entre sono ruim e a incidência de ataque cardíaco e acidente vascular cerebral. Quase dois terços dos participantes (63 por cento) que tiveram um ataque cardíaco também apresentavam um distúrbio do sono. No geral, homens com problemas de sono apresentavam de 2 a 2,6 vezes maior risco de infarto do miocárdio e de 1,5 a 4 vezes maior risco de acidente vascular cerebral.
“O sono não é um problema banal”, destacou a autora do estudo Valery Gafarov. “O sono ruim pode ser considerado um fator de risco modificável para a doença cardiovascular junto com o tabagismo, falta de exercício e má alimentação. Diretrizes devem incluir o sono como fator de risco às recomendações para se evitar a doença cardiovascular”, ela explicou.