Obesidade em Ginecologia

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A obesidade traz grande preocupação em termos de saúde e afeta a mulher em varias fases da sua vida, podendo ter consequências sérias em todas elas.

 

INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA

A obesidade infantil está associada com o início precoce da puberdade, menarca (primeira menstruação) mais precoce, irregularidades menstruais durante a adolescência e síndrome dos ovários policísticos. Estratégias de planejamento familiar são mais dificeis uma vez que a eficácia e a segurança dos contraceptivos hormonais pode ser comprometida por aumento de peso corporal.

Girl with puppet” por Fernando Botero

 

 

 


 

 

 

REPRODUÇÃO E GRAVIDEZ

Aproximadamente 30% das mulheres grávidas nos EUA são obesas e isto aumenta o risco de resultados adversos durante a gravidez. Mulheres em idade reprodutiva com IMC (Índice de massa corpórea) elevado têm um risco maior de problemas ovulatórios, uma taxa maior de infertilidade e piores resultados com o tratamento da infertilidade (reprodução assistida). Tanto o aborto precoce como a perda fetal tardia e natimorto são aumentados em mulheres obesas. Durante a gravidez, ela tem maior risco de ter doenças hipertensivas gestacionais, diabetes gestacional, parto complicado, parto cesárea e riscos a longo prazo da doença de adulto para o feto. O feto de uma mulher obesa tem maior risco de malformações, prematuridade, macrossomia (feto grande) e morte intra uterina.

 

Mães obesas com mais freqüência tem partos prematuros, crianças com baixo peso, que são propensas à obesidade. Eles também dão à luz à crianças com excesso de peso e crianças com intolerância à glicose e macrossomia, todos os quais aumentam o risco de obesidade infantil. Mães obesas com diabetes gestacional têm risco maior de dar à luz à crianças com anomalias cromossômicas em relação àquelas sem diabetes gestacional. Além disso, a exposição intra-uterina a um ambiente diabético pode levar à intolerância à glicose e diabetes tipo 2 nestas criança quando adultas.

“Mother and son” por Fernando Botero

 

 

 

 

PERIMENOPAUSA E MENOPAUSA

Na transição menopausa e na pós-menopausa, há tendência de aumento do risco para obesidade e mudança da distribuição gordurosa corporal, que tende a prevalecer na região abdominal.

A obesidade pode agravar os sintomas de incontinência urinária de esforço, prolapso dos órgãos pélvicos e aumentar o risco de pólipos endometriais e miomas sintomáticos.

A obesidade esta relacionada também a uma menopausa tardia. Na menopausa, o ganho de peso e a obesidade são considerados importantes fatores de risco e prognóstico para câncer de mama. Além de aumentar o risco de câncer de mama, mulheres obesas também tem maior chance de apresentar câncer de endométrio.

 

 
“Mona Lisa” por Fernando Botero   “Mona Lisa”  por Leonardo Da Vinci

 

Perder peso pode melhorar muitos desses problemas. A redução de peso melhora os resultados reprodutivos, diminui as comorbidades na gravidez e consequntemente para a criança, diminui os sintomas de incontinência urinária e prolapso além de reduzir o risco de cânceres e morbidade após uma cirurgia ginecológica.

 

Dra Denise Hatsumi de Freitas Yanasse